Eduardo Lima, jornalista e organizador de eventos do SENAC Rio, veio à Universidade Veiga de Almeida, campus Barra, nesta terça-feira (23) para falar a respeito da Comunicação Não Violenta (CNV). A troca com os alunos aconteceu como parte da programação do segundo dia da Semana da Comunicação. Durante a palestra, Eduardo ressaltou a importância do assunto para estudantes e profissionais da área e ensinou formas de adotar um discurso mais positivo. 

Eduardo propôs dinâmicas divertidas, incluindo perguntas sobre sentimentos, percepções e reflexões que provocaram os alunos: “Será que temos medo de falar em público ou de falhar em público?” (Reprodução: Agência UVA Barra)

Segundo o palestrante, o primeiro passo para entender a CNV é perceber que a responsabilidade pelo entendimento do público cabe a nós e, por isso, se faz necessário adotar uma linguagem que aproxime e quebre barreiras de forma a criar pontes para a comunicação fluida e clara. 

Ademais, foram discutidos os bloqueios que dificultam o processo comunicacional e Eduardo incentivou os alunos a reconhecerem seus próprios comportamentos e saber se posicionar frente à discordâncias. 

Veja um trecho da entrevista: 

Eduardo Lima – Jornalista e organizador de eventos no Senac

Comunicação Não Violenta (CNV)

A CNV foi criada pelo psicólogo norte-americano Marshall B. Rosenberg e surgiu a partir de uma experiência que o próprio vivenciou: a diferença de tratamento para negros e descendentes de judeus. Rosenberg chegou então a uma conclusão ao entrar na faculdade de psicologia e estudar o comportamento humano: a comunicação precisa ser humanizada, racional e livre de impulsos e julgamentos. 

Eduardo Lima ressaltou durante a explicação que, especialmente entre os jovens, a CNV é essencial, pois os jovens atualmente vivem sob uma enorme pressão, excesso de informações e ansiedade. A prática da CNV vem para ajudar a gerir sentimentos e entender como eles impactam nas posturas diante da vida.

De acordo com Rosenberg, a comunicação enfrenta barreiras chamadas de “Comunicação Alienante da Vida”, que consistem em julgamentos, comparações, negação de responsabilidades e elogios tendenciosos, ou seja, manipulação. Para superar essas barreiras e alcançar o domínio da CNV é preciso ter consciência dos quatro pilares fundamentais:

  1. Observação: ouvir sem julgamentos, buscando entender sem juízo de valor. 
  2. Sentimentos: saber identificar e nomear suas emoções. 
  3. Necessidades: compreender as necessidades humanas, que caso não sejam atendidas podem se tornar frustrações que refletem em outras situações.
  4. Pedido: após escutar, analisar e ser empático com as pessoas e seus conflitos e necessidades, é hora de resolver a situação ao conversar usando palavras positivas e com pedidos assertivos de mudança. 

O palestrante Eduardo Lima foi estudante da instituição Veiga de Almeida e aluno da professora Mônica Miranda. (Reprodução: Agência UVA Barra)

Durante entrevista exclusiva para a Agência UVA Barra, Mônica afirmou achar a palestra muito esclarecedora e de extrema importância aos alunos de comunicação. “Como professora posso falar que essa geração sempre está preocupada em responder e não escutar e compreender”, acrescentou. 

Eduardo concluiu apontando que existem sempre dois caminhos possíveis: o do diálogo ou o do confronto.

A CNV, segundo ele, oferece recursos para termos conversas sinceras de forma assertiva, buscando resolver conflitos por meio do diálogo.

Clara Luz – 4º Período

Deixe um comentário

Tendência