Digam para si mesmos: eu posso, eu quero, eu consigo.A frase dita por Jhonatan Luiz, fundador do projeto ‘Fala Legal’, marcou um dos principais pontos abordados na oficina“Como Falar em Público sem Medo”, realizada durante a Semana de Comunicação (SECOM) no campus UVA-Barra. A atividade teve como objetivo ensinar aos universitários técnicas de respiração, além de estratégias para aumentar a autoconfiança ao se expressar em público, tudo baseado em estudos e dados estatísticos.
Durante a palestra, o comunicador abordou sobre o medo comum de falar em público. Segundo ele, a insegurança ao se comunicar pode estar ligada a diversos fatores, como traumas anteriores e quadros de ansiedade.”Quantas vezes eu mesmo já fui prejudicado porque no momento de perguntar algo para o professor,fiquei com vergonha de levantar a minha mão e pedir para ele explicar de novo”.A afirmação de Jhonatan evidencia que a falta de autoconfiança pode prejudicar o aprendizado, já que a vergonha impede o estudante de questionar o professor ou esclarecer dúvidas, comprometendo, assim, a plena assimilação do conteúdo.

Jhonatan Luiz – fundador do projeto ‘Fala Legal’
No entanto, apesar desses obstáculos, ele destacou, com o apoio de dados, a importância de desenvolver uma boa comunicação, que, além de facilitar o aprendizado, é uma habilidade essencial em diversas situações da vida acadêmica e profissional. Jhonatan Luiz citou o filósofo chines Confúcio,“aquilo que eu escuto eu esqueço,aquilo que eu vejo eu lembro, aquilo que eu faço eu aprendo”, para embasar sua tese que afirma a necessidade de colocar em prática os ensinamentos de comunicação e oratória. Além do pensamento de Confúcio, o palestrante apresentou estatísticas para fundamentar a sua fala, apresentando o conceito da pirâmide de Glasser. “10% do que você lê você guarda, 20% do que você ouve se absorve ,mas as maiores porcentagens são de 70% quando se debate com outras pessoas e 95% quando se ensina a outra pessoa”, afirmou.
Para além de falar sobre praticar o que se aprende e não se envergonhar no momento oportuno, Jhonatan aconselhou os universitários presentes a terem uma pessoa que sirva de inspiração no meio televisivo,para que o aluno observe e aprenda com o(a) apresentador(a) e coloque em ação os pontos positivos como carisma, perfil e habilidades na escrita devem ser notados. Mas não basta apenas aprender na prática e não externar o conhecimento adquirido, deve aplicá-lo em ferramentas de contratação.
De acordo com o fundador do projeto “Fala Legal” ,o que vai diferenciar o candidato não é o curso, porque outros candidatos também terão o mesmo. O que diferencia é como será a forma de se comunicar com o mundo”. A afirmativa do profissional revela que em um ambiente competitivo e dinâmico como o jornalismo e a publicidade, o candidato que irá se destacar é aquele que tiver uma melhor desenvoltura que rompa os paradigmas. Para ratificar sua fala, ele mostrou pesquisas feitas pela Época Negócios, McKinsey Global Institute e Exame, que relataram o quanto as IAs podem impactar a vida de 12 milhões de trabalhadores. No entanto,mesmo a inteligência artificial possuindo diversas características que as tornam mais eficientes, existem alguns pontos onde ela falha, e um deles é que a IA não replica a habilidade de inspirar e emocionar e, como dito pelo palestrante, “essas habilidades surgem pela fala,pela comunicação”.
Diante disso, surge a pergunta: como superar o medo de falar em público? O palestrante respondeu ao questionamento compartilhando dicas valiosas para vencer essa insegurança. Segundo Jonathan, as pessoas não nascem com o dom da comunicação. “Trata-se de uma habilidade que precisa ser estudada e constantemente aperfeiçoada”, disse. A frase foi utilizada como um estímulo aos alunos presentes, reforçando que não basta acreditar que já se comunica bem e dispensar o aperfeiçoamento. Permanecer na zona de conforto pode abrir espaço para que outros, que se dedicarem mais, conquistem maiores oportunidades.
Dando sequência às orientações, o palestrante destacou que controlar os sintomas provocados pela insegurança é essencial para uma boa apresentação. “O medo de falar em público pode ser resultado de traumas passados ou do receio em relação ao futuro”, disse. Para reforçar sua fala, apresentou uma pesquisa publicada pelo jornal The Sunday Times, a qual revelou que, em uma análise realizada com diversas pessoas, 29% declararam ter medo da morte, enquanto 49% afirmaram temer falar em público. Esses dados evidenciam a dimensão desse desafio e reforçam a importância de estratégias eficazes para superá-lo, questão que o palestrante desenvolveu em seguida.
Entre tais estratégias, Jonathan ressaltou a importância de controlar o nível de cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse” que, embora ajude o corpo a reagir em situações de perigo ou tensão, pode prejudicar o desempenho em uma apresentação. Em contrapartida, destacou os efeitos positivos da testosterona, que contribui para a regulação do humor, o bem-estar e a melhora da função cognitiva, favorecendo a autoconfiança diante do público. Essa perspectiva abriu espaço para que o palestrante aprofundasse outras técnicas capazes de transformar o medo em segurança.
Por fim, Jhonatan Luiz apresentou exercícios de respiração que auxiliam na desenvoltura durante a fala, além de truques para aumentar a confiança, como escolher roupas que transmitam segurança e manter uma postura firme ao se apresentar. Ele também destacou a importância de identificar, no momento da exposição, o que chamou de “rosto amigo”: alguém na plateia que esteja atento e receptivo, servindo como ponto de referência e apoio emocional para o orador.
Ao final, a palestra de Jhonatan Luiz mostrou que falar em público vai além de técnica: envolve preparo, autoconfiança e a capacidade de transformar o medo em oportunidade. Para os alunos, as orientações foram um convite à prática constante e ao autodesenvolvimento.“A palestra foi muito interessante, ainda mais para quem tem ansiedade. A questão da respiração que ele ensinou ajudou muito; consegui diminuir a quantidade de respirações por minuto com o método apresentado”, como destacou Luana Brandão, aluna do sétimo período de Publicidade e Propaganda da Veiga de Almeida. Momentos como esse reforçam que enfrentar o medo de falar em público é possível e que cada pequena prática contribui para a construção de uma comunicação mais segura e confiante.
Bibliografia:
¹National Institutes of Health (NIH) https://share.google/ehDd6Pj0n4bD6LdR2
Madu Zamba – 2º Período
Malu Alves – 2º Período










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