Depois de três décadas do sucesso “A Guerra dos Roses” (1989), a icônica batalha conjugal retorna aos cinemas com um elenco estelar e um tom ainda mais irônico. O remake, intitulado “Os Roses: Até que a Morte nos Separe”, traz uma história de amor que se transforma em um campo de combate, agora com uma camada extra de humor ácido.

Ivy (Olivia Colman) e Théo (Benedict Cumberbatch) são os personagens principais da trama e interpretam um casal aparentemente perfeito. Ela é uma chef de cozinha em ascensão, enquanto ele desfruta do prestígio de um arquiteto renomado. Juntos, vivem a vida dos sonhos: dois filhos, carreiras promissoras e uma rotina aparentemente harmoniosa, até tudo mudar completamente.

Durante o longa, é explorado o contraste entre o sucesso e a ruína, a carreira da esposa atinge novos patamares, enquanto a do marido desmorona por completo. Esse desequilíbrio muda a dinâmica familiar e transforma suas vidas em uma espiral de ressentimentos, disputas de ego e humilhações públicas. A harmonia da família se perde, dando lugar a um jogo perverso, onde palavras e silêncios se tornam armas em uma guerra conjugal implacável.

Além disso, o filme retrata as diferenças na forma como Ivy e Théo desejam criar os filhos. Enquanto a mãe permite que eles durmam tarde e comam doces à vontade, o pai impõe uma rotina rigorosa, com alimentação saudável, treinos e estudos. Após o fracasso profissional de Théo, sua presença constante em casa intensifica a aproximação com os filhos, ao mesmo tempo em que a relação deles com a mãe se fragiliza, gerando mágoas irreparáveis. Essa divergência torna-se mais um combustível para a briga incessante do casal.

Ao longo da história, o público é arrastado para essa guerra sem fim, permeada por humor sarcástico, crítica social e interpretações intensas. O elenco de apoio conta com Andy Samberg, Kate McKinnon, Allison Janney, Belinda Bromilow, Hala Finley e Akie Kotabe. A construção da casa, elemento marcante do clássico, não ficou de fora: agora ela surge em uma versão tecnológica, que contribui para as cenas criativas e cômicas dos confrontos entre Ivy e Theo, refletindo constantemente as contradições entre amor e ódio.

“Os Roses: Até que a Morte nos Separe” é um retorno nostálgico para os fãs do clássico “A Guerra dos Roses”, repleto de referências, piadas e momentos que homenageiam a obra original. Assim como Ivy e Theo descobrem que um casamento tem altos e baixos, o público se surpreende ao reviver essa história com ainda mais emoção, intensidade e boas risadas.

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