O evento de tecnologia, reconhecido por suas palestras sobre inovação e por reunir grandes nomes do setor, realiza sua edição brasileira no Rio de Janeiro.

Web summit é um evento internacional, conhecido por atrair especialistas em tecnologia, líderes políticos, CEOs, palestrando sobre as novidades do mundo da tecnologia. O início foi em Dublin, na Irlanda, expandindo as conferências ao mundo. O Brasil tem seu terceiro ano consecutivo de evento na cidade maravilhosa, bem como 400 palestrantes preparados para falar de sustentabilidade, empreendedorismo e principalmente de inteligência artificial, também espera-se mais de 34 mil pessoas e mais de mil startups.

O evento deste ano, caracterizado pela inovação, não podia deixar de fora a palestra sobre o crescente mercado do streaming. Desse modo Sergio Lopes, sócio fundador da LiveMode e Gabriel Brabo, sócio e Head de Tech & Related Companies do Itaú BBA, discutem sobre inovação em streaming de transmissões esportivas, e as oportunidades no mercado de streaming, a parceria com a CazéTV – o maior canal de esportes do YouTube – as expectativas de longo prazo para expansão deste modelo de negócio. Sergio afirma terem chegado tão longe pela acessibilidade, já que suas transmissões são disponibilizadas pela plataforma do Youtube, esclarecendo que não querem focar só no football. “A gente não é só football, né? Na escola (escola CazéTV), no ano passado, a gente transmitiu, além das Olimpíadas, vários eventos pré-olímpicos”.

 “Adoramos esporte, temos certeza de que esporte é um conteúdo muito poderoso”
(Reprodução: Agência UVA Barra)

Ainda que tenham conquistas no cenário do esporte, afirmam não saber se seria possível replicá-los, no tempo da robótica de fórmula, em que usava-se estratégias que davam certo e replicadas em outras áreas. “Eu não sei, aliás, eu adoro a resposta não sei, porque eu não sei mesmo. A gente vem do esporte, adoramos esporte, temos certeza de que esporte é um conteúdo muito, muito poderoso para qualquer momento de distribuição de conteúdo que aconteça no mundo, então, estamos muito focados nisso” afirma Sérgio. Para o sócio fundador, em jogos diferentes, são elaborados métodos diferentes, tais como os E-sports, por exemplo, que têm dinâmicas diferentes e a CazéTV não teria o mesmo papel. “Não teríamos os mesmos papeis nos E-Sports como temos nos tradicionais. Apenas entendemos esportes tradicionais. Precisa chegar alguém desse meio para mostrar os caminhos, aprofundar”, completa Sergio.

As plataformas de streaming não só revolucionaram a forma como consumimos entretenimento, como também influenciaram diretamente o turismo global. Séries, filmes e documentários despertam o desejo de explorar novos destinos, impulsionando economias locais e transformando cidades em cenários reais de viagem. Allexia Galvão, Cineasta, Diretora, Mestranda em Design, Mariana Polidorio, Diretora de Políticas Públicas da Netflix e Daniel Celli Rio de Janeiro ‘s Film Commissioner falam sobre como a cenografia ajuda o turismo. Durante a palestra, Daniel reforçou a importância de como os produtos audiovisuais refletem na forma que vemos e vivemos uma região, seja uma país, estado, cidades etc, dando de exemplo a famosa “New York”, é onde a primeira “film commission” do mundo nasceu. “Os anos 60 apresentaram imagens e fizeram com que o mundo olhasse para Nova Iorque de outra maneira. Era como se as pessoas fizessem parte de Nova York. Conhecemos mais essa cidade do que quaisquer outras no mundo ou mesmo aqui no Brasil”, afirma Daniel. 

“Era como se as pessoas fizessem parte de Nova York. Conhecemos mais essa cidade do que quaisquer outras no mundo”
(Reprodução: Agência UVA Barra)

Camilla Veras Mota, repórter do BBC News, media outa palestra com Paula Englert, CEO da Box1824, Daniel Moczydlower, presidente e CEO da Embraer-X, Edu Neves, CEO do Reclame AQUI, para falar sobre como a cultura corporativa pode sufocar ou desencadear a inovação. Construir uma cultura que aceite feedback, integre e experimente é crucial para o sucesso no mundo moderno, e construir uma cultura de inovação. segundo Paula “Quando pensamos em cultura de inovação pensamos em uma sociedade de ideias, mas na verdade uma cultura de grandes ideias pode virar uma cultura de muitas frustrações porque muitas ideias e pouca aplicação te gera mais frustração do que orgulho, por isso esse processo de tem uma estrutura adequada para funcionar, como uma filtração”, explica Paula. 

Desse modo, Edu Neves, CEO do Reclame AQUI, elucida o que não se deve fazer, aprendendo com erros de outras empresas. Ele comenta que, em 25 anos no ar, escuta-se muito a questão da confiança. E, quando se fala em inovação, a primeira coisa é que ela precisa trazer resultado, pros dois lados, pro cliente e para marcar. Uma reclamação dos clientes em relação às marcas é que elas não “escutam” de verdade. Elas escutam, mas não estão ouvindo. Como dono de uma marca. Sergio afirma que a empresa precisa identificar onde errou, pois, quando ela erra e o cliente se sente abandonado, isso ocorre devido a quebra de visão do cliente com a empresa. “Uma reclamação é o medo de errar, estamos em uma sociedade muito madura onde errar pouco não é um problema, no caso, o cliente está mais focado no comprometimento com a história que você vende pra ele, do que pequenos erros que a marca possa cometer, a terceira coisa é a operação de forma fragmentada, tentar melhorar um sistema sem considerar como afeta o todo, pode acabar destruindo o valor de marca”, em síntese, a palestra propõe olhar pro cliente de forma humana, lembrando e respeitando suas culturas e diversidades. 

Gabriel Veras – 2° Período

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