Idosos enfrentam sérios riscos de fraturas e complicações devido a quedas. Especialistas alertam sobre a importância de medidas preventivas para evitar consequências graves.
As quedas em idosos são um problema grave que pode levar a fraturas, perda de autonomia e até óbito. Com o envelhecimento, o corpo perde força muscular e densidade óssea, tornando os casos de quedas cada vez mais recorrentes em idosos que sofreram algum grau de perda de massa muscular. Para especialistas, a prevenção é essencial para reduzir as complicações associadas às quedas. Para Lucas Ribeiro, ortopedista, uma das principais formas de prevenção é a prática regular de atividade física, que ajuda a fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio.
Lucas Ribeiro explica que as complicações mais graves das quedas incluem fraturas e a perda de mobilidade, o que pode afetar drasticamente a qualidade de vida dos idosos. Ele destaca que, em casos mais extremos, o impacto de uma queda pode levar à morte. “A fratura é um dos maiores problemas, pois não só limita a mobilidade, mas também aumenta o risco de complicações graves”, afirmou o ortopedista

Além disso, Ribeiro destaca a sarcopenia, a perda de massa muscular, como um dos principais fatores de risco. A fraqueza muscular intensa dificulta o equilíbrio, tornando o idoso mais vulnerável a quedas. O especialista explicou que a circunferência da coxa e outros testes de força muscular são usados para avaliar o risco de quedas, alertando que essa condição é um dos principais indicadores de mau prognóstico.
Para prevenir as quedas, Ribeiro recomenda a prática regular de exercícios para fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio. Ele também sugere que os idosos adotem suplementos, como creatina e whey protein — uma proteína de alta qualidade extraída do soro do leite — para apoiar a saúde muscular e óssea. “Manter-se ativo e realizar avaliações regulares da saúde óssea são fundamentais para evitar complicações”, afirmou o ortopedista.
A reabilitação, quando necessária, também deve ser feita com acompanhamento médico especializado, incluindo tratamentos para condições como osteosarcopenia, que consiste em uma condição que combina osteoporose (perda de densidade óssea) e sarcopenia (perda de massa e força muscular), que envolvem tanto a recuperação da força muscular quanto a correção das fraturas.
Maria Célia de Lima, aposentada de 78 anos, foi vítima de uma queda recente e compartilhou a experiência sobre os efeitos do acidente. Ela relatou que, após a queda, ficou com muita dor e com o joelho imobilizado, não conseguindo dobrá-lo por uma semana, causando problemas de mobilidade. “Eu tinha que descer a escada com a perna reta, não conseguia dobrar o joelho. Fiquei com medo de cair novamente”, contou.

Embora tenha procurado um ortopedista, Maria Célia recebeu apenas orientações para usar compressas e tomar anti-inflamatórios, sem recomendações para melhorar seu equilíbrio ou evitar futuras quedas. O diagnóstico indicou uma luxação no músculo lateral do joelho, sem fraturas, o que a deixou aliviada, mas ainda com receios sobre novas quedas.
Após o incidente, Maria Célia de Lima, aposentada de 78 anos, relata que seus familiares tomaram medidas imediatas para tornar a casa mais segura. Os tapetes, anteriormente presentes nos cômodos, foram retirados, eliminando um risco significativo de tropeços. Além disso, mudanças foram feitas no processo de limpeza doméstica. Agora, sempre que a tarefa é realizada, os familiares se asseguram de enxaguar cuidadosamente o chão, evitando resíduos de sabão ou outros produtos de limpeza que possam causar escorregamentos e aumentar o risco de quedas.
A experiência de Maria Célia de Lima e as orientações do ortopedista Lucas Ribeiro destacam a importância de uma abordagem preventiva contínua para a saúde dos idosos. Ribeiro, especialista em ortopedia, reforça que, além das ações físicas, como o fortalecimento muscular e o uso de dispositivos de apoio, os ajustes no ambiente doméstico são cruciais para a segurança dos idosos, especialmente em residências onde vivem sozinhos ou com mobilidade reduzida. “É essencial que familiares e os próprios idosos estejam atentos aos riscos dentro de casa e busquem sempre a orientação médica adequada para prevenir acidentes”, conclui o ortopedista.
Adalberto Ribeiro – 6° Período





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