O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são desordens do desenvolvimento neurológico existentes desde o nascimento ou no começo da infância. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), as pessoas com o espectro podem apresentar déficits na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões limitados e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Características do autista:

  • Dificuldade para interagir socialmente (como manter o contato visual).
  • Dificuldade na comunicação.
  • Alterações comportamentais (como manias, apego excessivo a rotinas ou a pessoas, gestos repetitivos, hiperfoco em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial podendo ser (hiper ou hipo).

Segundo a Psicóloga Tayná Alves,24, as principais características do autismo se dão por meio da dificuldade de comunicação verbal e não verbal. “As reações inadequadas a diferentes aspectos como: textura, sons, comportamento repetitivo, dificuldade de interação social e sensibilidade sensorial,”conta Tayná. 

O tratamento combina diferentes terapias para avaliar e aprimorar as capacidades sociais, comunicativas, adaptativas e organizacionais. A rotina de cuidados pode incluir exercícios de comunicação funcional e espontânea; jogos para incentivar a interação com os outros; o aprendizado e a manutenção de novas habilidades; e o apoio a atitudes positivas para lidar com problemas de comportamento. A adoção das abordagens terapêuticas de Análise Aplicada do Comportamento (também conhecida como método ABA) e Terapia Cognitivo-Comportamental é bastante difundida.

Em geral, as terapias são utilizadas em conjunto com medicamentos para tratar condições associadas, como insônia, hiperatividade, agressividade, falta de concentração, ansiedade, depressão e comportamentos repetidos.

Hipersensibilidade e a importância dos abafadores:

Para autistas e pessoas com transtorno de processamento sensorial, lidar com ambientes agitados ou caóticos pode causar dor física e ser emocionalmente danosos. O uso de fones abafadores de som para crianças com sensibilidade auditiva auxilia a criança a se concentrar na tarefa que está realizando. Além disso, eles também podem minimizar os efeitos adversos ou extremos que uma criança com autismo pode achar assustadores.

De acordo com a Psicologa, Tayná Alves, 24, a sensibilidade exacerbada é um sinal de TPS (Transtorno de Processamento Sensorial). “O  TPS dificulta o sistema nervoso a processar estímulos. Sua principal fonte de tratamento é o uso dos abafadores de som,” afirma Tayná.

O uso contínuo dos abafadores precisa ser avaliado pois podem estar sendo usados para a pessoa se isolar, uma das características do autismo, essa utilização deve obedecer ao princípio do equilíbrio. A utilização deve ser por um momento específico de alta sensibilidade e não o tempo todo. Assim como nas questões comportamentais ou de fala, a hipersensibilidade auditiva deve ser tratada com terapia. A finalidade é fazer com que a pessoa se adapte aos estímulos do dia a dia e sofra menos com situações inesperadas.

Segundo Beatriz Amado, 19, o uso de fones de ouvido comuns servem apenas para o indivíduo ouvir o som do próprio dispositivo eletrônico, sem incomodar outros. “Os abafadores são importantes para aumentar a concentração dos autistas, especialmente para autistas hipersensíveis.”

Giovanna Mattos – 5° Período

Deixe um comentário

Tendência