No Dia dos Professores, educadores e alunos compartilham experiências e destacam a importância da empatia e da formação integral na educação.

No Dia dos Professores, celebrado em 15 de outubro, tanto alunos quanto professores refletem sobre o papel fundamental da Educação e a troca de experiências que ocorre em sala de aula. Em meio a desafios como a desvalorização da profissão e a escassez de recursos, os educadores seguem motivados a transformar vidas, enquanto os alunos reconhecem a influência decisiva dos docentes na formação pessoal e profissional.

A trajetória de um professor é marcada por desafios diários, especialmente no contexto educacional brasileiro, em que a falta de recursos e a desvalorização da profissão se fazem presentes. No entanto, mesmo diante dessas dificuldades, a vocação para ensinar e o desejo de transformar vidas permanecem como a principal motivação para muitos educadores. Para Lidiane Reis, professora e coordenadora do curso de Enfermagem no campus Barra da Universidade Veiga de Almeida, o maior incentivo para continuar ensinando é a possibilidade de despertar a empatia dos alunos. Segundo Lidiane, a missão do professor vai além da transmissão de conteúdo; trata-se de formar seres humanos capazes de atuar com empatia e cuidado. “O que mais me motiva a continuar ensinando é saber que eu posso sensibilizar futuros enfermeiros e salvar o amor de alguém”, relatou a professora Lidiane.

Anderson Barreto, professor nos cursos de Jornalismo e Publicidade na Universidade Veiga de Almeida, relata que o contato com os laboratórios e estagiários durante o período de formação, tanto na UVA quanto na Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), despertou nele a vontade de lecionar. Ele também menciona que, após isso, passou a acreditar na educação como uma ferramenta de transformação. “Meu contato muito forte com os alunos e com os laboratórios das universidades, junto aos estagiários em período de formação, me deu vontade de ser professor e lecionar. Acho que passei a acreditar na educação como ferramenta de transformação. A educação me mudou: sou neto de avós analfabetos e filho de pais com pouca instrução. Hoje, tenho duas graduações completas, um MBA, uma pós-graduação e um mestrado.”

Para Lidiane Reis, um dos desafios enfrentados ao lecionar é tirar os alunos das zonas de conforto. Ela afirma que os alunos devem conciliar conhecimento técnico-científico. “Os principais desafios que enfrentamos hoje na área da Educação são entender que, principalmente na área da saúde, é preciso tirar o aluno da zona de conforto. Ele não deve trabalhar apenas por uma questão de conhecimento teórico ou prático, mas precisa alinhar esses dois aspectos com o conhecimento técnico-científico.”

Já para Anderson Barreto, o maior desafio é lidar com a geração Z na sala de aula, que recebe e processa os ensinamentos de forma diferente. Ele não consegue entender como um estudante pode não ter o hábito de ler e usar apenas o ChatGPT e o Google como recursos de resposta. “O maior desafio hoje é a geração Z dentro da sala de aula, por conta dessas divergências de como recebem e processam conhecimento. Eu não faço parte da geração Z e, às vezes, não consigo entender como alguém não lê ou como tudo que o ChatGPT dá como resposta ou o Google se tornou a principal fonte de recurso.”

Marcelle Mendes, aluna no 2º período do curso de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida, reforça a importância que os docentes têm em sua trajetória escolar. Ela relata que um dos professores usava técnicas de ensino diferentes, adotando músicas para auxiliar no aprendizado. “Um dos professores que mais marcou a minha vida foi o Professor Emanuel de História. Ele tornava o aprendizado divertido, usando músicas para ensinar”, disse a aluna.

A também aluna Fernanda Rodrigues, aluna no 2º semestre do curso de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida, comenta que os professores têm um papel vital em sua formação e menciona que uma docente em específico, chamada Sandra, marcou seu primeiro ano do ensino médio pela delicadeza e carinho com que tratava os alunos. “Eles nos influenciam não somente no âmbito acadêmico, mas também na nossa percepção de mundo, fazendo-nos descobrir e desenvolver várias habilidades.”

Anderson Barreto, professor nos cursos de Publicidade e Jornalismo no campus Barra da Tijuca da Universidade Veiga de Almeida (UVA), espera que seus alunos tenham a mesma experiência que pessoas que estão no mercado de trabalho. Ele deseja que os alunos saiam da universidade preparados para atuar nas áreas desejadas. “Não quero que nenhum dos meus alunos se forme sem estar atuando na área que deseja e que tenha entendido como funciona o mercado de trabalho. O que espero é que eles possam ser jornalistas ou publicitários.”

Por sua vez, Lidiane Reis, professora e coordenadora do curso de Enfermagem no campus Barra da UVA, enfatiza que os maiores impactos que procura deixar em seus alunos são a necessidade de superação e o preparo para enfrentar os desafios da carreira. Ela comenta que é gratificante ver alunos atuando na área quando precisam de atendimento. “O maior impacto é mostrar que eles, literalmente, vão estar cuidando de mim e dos meus amores no futuro. É gratificante ver, hoje, quando olhamos para trás, vários enfermeiros que encontramos como clientes/pacientes. Isso faz a total diferença na nossa vida como professor.”

Adalberto Ribeiro – 5º período

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