Mais de 600 mil pessoas são esperadas nos dez dias de evento
Os 40 anos da Bienal do livro serão comemorados ao longo de dez dias de evento em um espaço com três pavilhões. As crianças, jovens e adultos estão engajados na literatura e na arte, movidos pelas diversas narrativas. O grande anfitrião da festa é o livro, mas quem tem ajudado a fazer desse espaço um sucesso é o público.
Grande parte dos visitantes são alunos de escolas e futuros leitores. Esse ano a Bienal alcançou um recorde na programa de visitação escolar, serão mais de 100 mil estudantes que passarão pelo evento e poderão desfrutar dessa experiência.
Experiência essa que segundo a professora Thaiza Ribeiro, exerce uma importante função no desenvolvimento infantil, e auxilia a criança a conhecer um mundo que muitas vezes parece distante, trazendo criatividade e novas perspectivas. A professora pontuou também que o encantamento acontece com a estrutura dos estandes e as ações com cosplayers, fazendo com que os alunos ficassem impressionados e envolvidos nas histórias.
A satisfação não foi só dos alunos, a professora aponta a importância dessa participação para o desenvolvimento do indivíduo. “O professor vai acompanhar as crianças nesse momento tão único de descoberta que faz valer a pena cada momento que ele ainda estuda e se dedica”.
Além dos estudantes, o público da Bienal é composto por quem vem de longe, como é o caso do João Pedro, que veio do Espírito Santo. “Sou um grande frequentador do evento e gosto muito da memória afetiva que a Bienal traz”, afirma o jovem.
Se a feira literária tem um público diverso, tem um grupo que marca presença, os apaixonados pela leitura, como é o caso do autor, Gui Ribeiro, que escreve romance de época, suspenses e comédias românticas.
Ouça o áudio que Gui fala da importância da Bienal e o poder que ela tem nesse meio literário.
Se o espaço é para todos, a inclusão traz cada vez mais um público novo. A estrutura do evento deu todo o suporte para os deficiente visuais e auditivos, disponibilizando tradução simultânea em Libras e visitas guiadas. Tatiana Cristine, de 17 anos, deficiente visual e aluna do instituto Benjamin Constant, foi à Bienal e teve experiências com livros em braile e com o personagem “Chapeleiro Maluco”. “É o personagem do meu livro preferido. Foi bom ver e sentir a maquiagem e as roupas dele. Também estou achando muito legal encontrar livros em braile, porque são poucas as publicações especiais”, afirma a estudante.
Ao longo desses dez dias, a Bienal do Livro espera receber mais de 600 mil pessoas, cada um com a sua história e seus motivos, como por exemplo as amigas Lara e Louise que chegaram bem cedo ao evento, por volta das nove horas da manhã, para pegar uma senha que garantiria um autógrafo da Elayne Baeta, essa senha só foi distribuída às quatro horas da tarde, mas a dupla afirmou que o tempo esperando valeu a pena e estão felizes de terem seus livros autografados.
Os universitários também marcaram presença na Bienal, como é o caso de Lívia Silva, estudante de Engenharia Química. Veja o vídeo que ela fala sobre o que a motivou a ir ao Riocentro.
Um público participativo, animado, curioso e engajado toma conta desse grande palco literário, que comporta diversos estandes de todos os gostos, jeitos e peculiaridades, Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions reforça: “O grande número de pessoas só comprova a potência desse encontro”, A Bienal do livro é um evento repleto de lugares para se encontrar, pode ser na sua área de conforto, onde você já conhece, mas também há opções para experimentar, consumir coisas novas, e se descobrir artisticamente, pois não há limites na Bienal.
Kaio Fernandes – 2° período










Deixe um comentário