Profissional e alunos compartilham diferentes visões acerca de relacionamentos em meio à vida acadêmica

As conexões humanas existem desde os primórdios da humanidade. O fim da adolescência e o início da vida adulta marcam, juntos, uma fase intensa na vida das pessoas. É uma mistura de vida acadêmica, social e amorosa numa eterna tentativa de equilíbrio. É bem nesse looping emocional que, por vezes, iniciam-se relacionamentos sérios. “O amor está no ar” e, às vezes, no campus. Porém, até que ponto podem as relações afetivas afetarem os estudos universitários? 

Para Lyvia Prado, universitária de Medicina, de 21 anos, os estudos não são significativamente afetados pelo relacionamento de quase três anos com Vitor Lucas, também estudante. “Acredito que tudo seja uma questão de você se planejar antes e conseguir manter seus estudos em dia. Obviamente isso nem sempre acontece e às vezes algumas matérias acumulam, mas eu acho que não é uma coisa que o relacionamento interfere tanto”, diz Lyvia.

Uma estratégia adotada por Lyvia é o estudo adiantado das matérias da faculdade para ter maior tempo dedicado ao relacionamento quando está com o namorado. “Eu sei que se eu ficar procrastinando muito, é menos tempo livre que eu vou ter quando meu namorado for me visitar. Acho que me faz ter uma maior dedicação aos estudos enquanto estou sozinha. Acaba fazendo você otimizar o tempo, na verdade”, completa.

Por outro lado, há quem prefira não misturar os objetivos pessoais e profissionais com um relacionamento amoroso por enquanto. É o caso de Rafaela Dias, estudante de Direito na UVA Barra. “Eu sou uma estudante no fim da graduação e ainda faço estágio, então de segunda a sexta para mim é sobrecarregado. Nos finais de semana eu consigo descansar e passar um tempo com os amigos e família. Um namoro significaria ter que encaixar mais uma pessoa nesse curto tempo que tenho de descanso”, afirma a jovem.

No áudio abaixo, a jovem comenta mais sobre seu ponto de vista. Confira:

Gustavo Pires está no quinto período de Educação Física, da UFRJ e Ana Cadengue também no quinto período, mas cursa Letras na mesma universidade, ambos sabem do impacto que uma relação afetiva traz para a vida acadêmica. “Na nossa opinião, o maior impacto é na questão do gerenciamento do nosso tempo. Tanto o namoro quanto a faculdade demandam muito tempo para dar certo, então é um desafio conseguir equilibrar os dois.” afirmou Gustavo.

De acordo com a psicóloga Roberta Vieira, a desafiadora escolha profissional exige dos jovens um movimento interno de percepção das próprias habilidades e preferências, e essa consciência não pode ser perdida diante de um relacionamento. 

“O relacionamento pode ser positivo, mas também pode ser negativo. Positivo, se esse companheiro ou companheira vier agregar nesse processo de construção do caminho profissional, e não dificultar o foco. A gente não pode transformar um relacionamento nesse ambiente em algo não indicado e inadequado, acho que não é por aí”, declara a profissional. No vídeo abaixo, Roberta explica um pouco mais sobre o tema. Confira:


Kaio Fernandes – 1° período
Mariana Rangel – 1° período

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